Mercado de arroz em casca perdeu preço, mas reagiu no final da semana
24/09/2013 09:10
O mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul, que determina o comportamento da comercialização em todo o Brasil, manteve-se com oferta e demanda fracas na semana que passou, especialmente por conta do feriadão provocado pelo Dia do Gaúcho (20 de setembro). O indicador de preços do arroz em casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa, para a saca de 50 quilos (58x10), à vista, colocado na indústria, caiu esta semana. Abriu, no dia 16 (segunda-feira) em R$ 34,26 (equivalente a US$ 15,05) e caiu na terça-feira para R$ 33,95, recuperando dois centavos, para R$ 33,97 na quarta-feira. Na quinta-feira (dia 19), recuperou-se para R$ 34,04, cotação mantida para a sexta-feira (feriado de 20/9). O valor da saca, porém, valorizou em dólar, para US$ 15,46, pela cotação da moeda estadunidense na sexta-feira. A queda de preços na terça-feira esteve muito associada à expectativa do setor para o anúncio de um leilão de 50 mil toneladas, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), cujo edital deveria ter sido lançado naquele dia. No entanto, os técnicos do governo federal avaliaram que a média das cotações no Rio Grande do Sul estavam abaixo do patamar estabelecido pelo governo (R$ 33,28 para a Conab e R$ 34,50 para o Cepea) para realizar nova oferta de estoques públicos. Além disso, o impacto do último leilão manteve as cotações gaúchas estabilizadas, o mercado mostrou um enfraquecimento dos negócios e há o temor de que a queda nos preços internacionais afetem as cotações brasileiras. Uma retração mais forte nos preços nacionais, associada a uma safra cheia no Mercosul, poderiam levar o governo federal a abrir os cofres em 2014 para dar sustentação aos preços do arroz, o que custaria muito mais caro do que dosar a liberação da oferta de cereal estocado pela Conab. E o governo sabe disso. A expectativa é de que um novo leilão de 50 mil toneladas seja realizado até o dia 10 de outubro. O edital está pronto, antecipadamente, com os lotes escolhidos, dependendo apenas da decisão política do governo federal. Fonte: Agrolink